segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dê um toque na tela

Dê um toque na tela: saiba mais sobre a onda do touchscreen


iPhone, iPad, smartphones. Sem a tela sensível ao toque, esses aparelhos nada seriam: já percebeu que não existem telefones com Android, por exemplo, sem tela touch? Entretanto, essa tecnologia não é nada nova, e vem mudando a cada nova geração de aparelhos inteligentes.

As primeiras pesquisas envolvendo telas sensíveis ao toque datam dos anos 1940, se popularizando de vez em itens cotidianos nos anos 1990, em caixas automáticos de banco, por exemplo. Em 1983, o HP-150 foi um dos primeiros computadores com esse tipo de tela (mais precisamente, um monitor CRT de 9 polegadas com receptores e transmissores infravermelho) a chegar ao mercado nos Estados Unidos.
O caminho dos gadgets pessoais para as telas touch, porém, foi aberto muito tempo antes dos iPhones e Androids. A Palm desenvolveu e liderou o mercado de assistentes pessoais desde 1996, com o primeiro Pilot (depois renomeado simplesmente Palm), seguida por fabricantes como Sony, Compaq e HP (que veio a comprar a Palm no começo deste ano), e até mesmo a Apple, com o seu extinto assistente digital pessoal Newton. No fim das contas, a fusão entre celulares com os recursos de computador de mão dos PDAs levou à criação dos smartphones, já nos anos 2000.
O anúncio do iPhone original, em janeiro de 2007, mudou o panorama do uso de telas sensíveis ao toque e fez os fabricantes de telefones suar a camisa para tentar entender o que era aquilo - e como criar um produto melhor ou superior.
A grande qualidade do iPhone é a tecnologia utilizada em sua tela: até então, PDAs usavam as canetinhas stylus para digitar e interagir com os itens, com tecnologia resistiva, O iPhone usa tecnologia capacitiva, que aposenta de vez as canetinhas e faz com que o dedo do usuário seja o principal meio de interação com a tela, com uso mais fácil e direto (exceção feita a quem usa luvas, por exemplo, ou mulheres com unhas compridas, que dificultam o uso desse tipo de tela).
Não é à toa que na Ásia, por conta do idioma, telas resistivas mostram ainda popularidade pela escrita com a caneta ¿ algo que não é possível usar numa tela capacitiva (a não ser, claro, as ¿salsichas¿ que atuam como dedos na Coreia do Sul).
Nos termos técnicos, uma tela resistiva ¿ usada em inúmeros smartphones até hoje, por ser mais barata de produzir ¿ é composta por duas películas flexíveis cobertas por um material resistivo e separadas por ar ou micropontos (olhe bem pra tela do seu antibo Palm V, eles estão lá).
Ao tocar na tela, essas duas películas entram em contato e registram o local do toque. Já as telas capacitivas usam sensores que conseguem detectar posição e proximidade de maneira muito mais precisa, além de permitir múltiplos toques em uma mesma superfície (como o zoom com dois dedos no iPhone, por exemplo).
Com prós e contras para ambas as tecnologias, nem todos gostam do touchscreen. A empresária Renata Mesquita agora tenta se adaptar a seu primeiro smartphone Android com esse tipo de tela. "São vários motivos que me afastavam do touchscreen: nem sempre a tela responde aos meus toques com precisão por causa da unha, que nem é tão comprida assim, e fico um tanto nervosa com a sujeira das marcas de dedo na tela, quero limpar a todo momento", afirma.
Fato é que, capacitiva ou resistiva, a tela sensível ao toque fez uma pequena revolução no mundo dos smartphones. Não existe fabricante grande sem ao menos um ou dois modelos com touch, já que a inspiração do iPhone fez com que o design ¿barra de chocolate¿ tenha se popularizado também. Até mesmo a RIM, fabricante dos BlackBerry, aparelhos voltados primariamente ao mercado corporativo, tenha seu modelo (Storm) em touchscreen.
Ter um aparelho desses, porém, requer cuidados. Com telas cada vez maiores ¿ 3,5 polegadas no iPhone, 4 polegadas no Sony Ericsson X10 (a maior hoje à venda) ¿ o risco de derrubar o aparelho no chão e ver sua linda tela espatifada é grande. Tentar não deixar o o aparelho cair e ter atenção onde deixa (nunca na borda de uma mesa!) já é um começo, assim como usar capinhas protetoras (sempre com bom gosto, por favor). E lembrar que muitos dos aparelhos vêm com um paninho para limpeza ocasional. Afinal, é bom deixar seu querido smartphone touch sempre limpinho, né?

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