quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sem crédito


Jovem brasileiro usufrui pouco dos celulares
Os jovens brasileiros têm a necessidade de estarem plugados a todo instante e onde quer que estejam. De acordo com o TRU Brasil 2010, estudo anual realizado pela TNS Research International junto a 1,5 mil jovens de 12 a 19 anos, das classes A, B, C e D, em nove regiões metropolitanas brasileiras, oito em cada dez adolescentes brasileiros declaram ter um celular, índice que independe de classe social, sexo ou idade.

E se há uma diferença entre as regiões, os números mostram uma incidência ainda maior entre os jovens do Centro-Oeste brasileiro (91%). O levantamento constatou, ainda, que apesar da constante evolução dos aparelhos, a maioria dos entrevistados utiliza apenas suas funções básicas.

Nesse sentido, destaca o estudo, três em cada dez jovens falam com amigos e familiares pelo menos uma vez ao dia, por meio de voz ou mensagens de texto – frequência que cai significativamente quando se analisam funções como fotos, vídeos e acesso à internet.

Se os adolescentes apreciam tanto a condição multifacetária do celular, o que os faz continuar utilizando o aparelho predominantemente para fazer ligações? A resposta é simples: a maioria esmagadora está atrelada ao plano pré-pago. Assim, geralmente não podem fazer uso da internet ou baixar músicas sem que seus créditos se esvaziem rapidamente. E mesmo que pudessem, apenas 1% dos jovens pesquisados possui um smartphone, que permite o uso de facilidades como acesso à web e aos e-mails.

O levantamento apura ainda que as classes altas e os jovens de 18 e 19 anos – que têm maior poder aquisitivo – utilizem os recursos extras do aparelho celular mais que as classes mais baixas e os adolescentes de 12 a 15 anos, mesmo porque atividades como acessar a internet ou usar sites de buscas normalmente são pagas e exigem recursos mais sofisticados que só os aparelhos mais caros oferecem.

“Embora incipiente, essa é uma tendência inevitável que acontecerá daqui a alguns anos, quando operadoras e aparelhos mais acessíveis facilitarem a inclusão do restante dos jovens nessa onda”, diz Jorge Kodja, diretor da TNS Research International e responsável pelo estudo no Brasil.

De acordo com o executivo, o celular não é utilizado por esse grupo da população como meio de informação. “Apenas 4% dos jovens brasileiros optam pela utilização do aparelho como forma de mídia para se atualizar sobre o que acontece no mundo”, ressalta. Para essa finalidade, explica, 60% dos entrevistados preferem os sites de relacionamento, como Orkut, Facebook e MySpace, acessando-os via PC.

Entre os diversos itens tecnológicos apontados na pesquisa, o celular é o mais desejado por 55% dos adolescentes, seguido de câmera digital (sem fita VHS/Mini VHS) (26%), computador (25%) e videogame (PS, Xbox e Nintendo).

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